quinta-feira, 23 de junho de 2011

Honda Civic




O ronco do motor 2.0, em ponto-morto, lembra o de um Volkswagen. O 2-litros do primeiro Gol GTi, para ser exato. O pedal de alumínio da embreagem é uma arma engatilhada, levanto um pouco o pé e o carro dispara. As costas afundam no banco de camurça preta com costura vermelha, numa puxada crescente e que parece interminável. A transmissão é curta como num carro 1.6, mas a hora de trocar de marcha não chega. Cinco mil giros, 6 000, 7 000... O ponteiro sobe a alturas raramente alcançadas num motor de série. A 7 400 rpm, a shift light vermelha à esquerda do velocímetro digital começa a piscar, avisando que o limite de 8 000 giros (como na Ferrari Enzo) se aproxima. As relações de marcha são próximas e a posição delas na alavanca, também. Da primeira para a segunda, o giro cai pouco: 5 500 rpm. Mais um esticão e a luz vermelha volta a piscar quando chegamos a 55 milhas/h. O número mágico de 60 milhas/h (97 km/h, que os americanos encaram com a mesma importância do nosso "100 por hora") é alcançado em terceira marcha, segundo medições da fábrica, em 7 segundos (a revista Motor Trend cravou 6,3 segundos com a versão cupê, que pesa 31 quilos a menos e tem a mesma mecânica). Mais rápido que Polo GTI, Golf GTI, Audi A3 Turbo, Marea Turbo, Opala SS, Dodge Dart, Maverick GT... Bem-vindo seja o Honda Civic Si, que chega às nossas lojas em fevereiro com munição para virar o melhor esportivo de série já fabricado no Brasil.

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